“Respeito e responsabilidade: pratique no trânsito” é tema da 8ª edição da campanha Maio Amarelo. Essa ação, coordenada pelo Poder Público em conjunto com a iniciativa privada e sociedade civil, acontece desde 2014 com o propósito de conscientizar a população para a redução dos acidentes de trânsito.
Esse movimento alerta para questões muitas vezes negligenciadas, mas que são fundamentais para a segurança viária. A importância da utilização de passarelas e faixas de pedestres, o risco do uso de celular na direção, a obrigatoriedade do cinto de segurança e as consequências do consumo de bebidas alcoólicas por motoristas são alguns dos aspectos reforçados ao longo do mês.
Continue a leitura e saiba como a adoção de atitudes responsáveis podem salvar vidas.
Quando começou o Maio Amarelo?
A Década de Ações para a Segurança no Trânsito foi definida pela Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) em 2011, com o objetivo de estabilizar e reduzir o número de óbitos causados por essa ocorrência. A iniciativa surgiu após a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgar um estudo constatando que, em 2009, cerca de 1,3 milhão de pessoas de 179 países morreram em decorrência de acidentes e 50 milhões ficaram com sequelas.
Com o término da campanha em 2020 e sem reduções muito expressivas no número de acidentes, a Assembleia-Geral da ONU decidiu realizar a segunda Década de Ação para Segurança Viária 2021-2023. A meta continua audaciosa, visando uma diminuição em 50% do número total de mortes nos próximos 10 anos.
A campanha Maio Amarelo acontece neste mês devido à primeira resolução da ONU criada em 11 de maio de 2011 e o amarelo foi definido por ser a cor da advertência no trânsito.
Principais causas de acidentes de trânsito e como evitá-las
Diariamente, os veículos de comunicação noticiam acidentes viários de diferentes naturezas ao redor do país. São colisões, atropelamentos, capotamentos e outras ocorrências que, dependendo da gravidade, resultam em vítimas fatais. De acordo com o último anuário realizado pelo Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), no ano de 2019 o estado registrou 36.261 acidentes com vítimas, sendo que 1.605 deles resultaram em mortes.
Há três fatores que devem ser levados em consideração quanto a segurança no trânsito: humano, veicular e vias. Entenda cada um deles:
Fator humano – são falhas decorrentes da falta de atenção e imprudência dos condutores. Os exemplos mais comuns são:
- Dirigir alcoolizado;
- Excesso de velocidade;
- Uso do celular ou aparelhos eletrônicos na direção;
- Falta de atenção ao utilizar setas;
- Não manter uma distância segura do veículo à frente;
- Desobediência à sinalização;
- Ultrapassagem indevida.
Como evitar: o respeito às normas de trânsito e a prudência são as melhores formas de evitar incidentes.
Fator veicular – consideram eventos relacionados à falta de manutenção ou falha mecânica do veículo, como:
- Falta de revisão nos freios;
- Faróis queimados;
- Pneus carecas;
- Freios desregulados;
- Cinto de segurança com defeito;
- Problemas no sistema elétrico.
Como evitar: realizar a revisão anual e manter a inspeção veicular em dia.
Fator vias – Estão relacionados à falta de manutenção das vias, sendo:
- Má sinalização e iluminação;
- Falta de acostamento;
- Buracos na pista;
- Obras;
- Acostamento irregular;
- Falta de passarelas e faixas de pedestres.
Como evitar: o poder público é o principal responsável pelas condições ideias das vias urbanas e rodoviárias. No entanto, a população tem o papel fundamental de alertar os governantes quando identificar ou vivenciar alguma situação de risco no trânsito.
Além dos aspectos mencionados acima, os motoristas também devem ficar atentos a outras condições adversas, como: neblina, chuva, granizo, fumaça, animais na pista, dentre outras.
Redução de acidentes durante a pandemia
O isolamento social imposto pela Covid-19 teve seu lado positivo: resultou na diminuição do número de ocorrências e vítimas de trânsito na capital do Paraná. De acordo com o Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), houve uma queda de 21% no número de acidentes em 2020. Os eventos com vítimas também caíram cerca de 23%, de 4.278 em 2019 para 3.279 no ano passado.
Esses resultados demonstram que, devido a pandemia, as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa e esse fato acabou refletindo na segurança nas ruas. Mesmo que a redução tenha sido expressiva, é fundamental manter a responsabilidade e a prudência, principalmente neste período em que grande parte dos leitos de hospitais estão sobrecarregados com vítimas do coronavírus.
As perdas e os lutos do coronavírus.
O que é o DPVAT e quando solicitá-lo?
O Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias terrestres (DPVAT) tem o propósito de dar assistência às vítimas de acidentes de trânsito em território nacional, independente de quem seja o responsável pela ocorrência. Isso inclui motoristas, passageiros e também seus beneficiários (em casos de falecimento).
Os valores de indenização diferem dependendo do caso e o pagamento é realizado mesmo que o veículo esteja com irregularidades. Conforme a Lei 6.194/74, os danos são cobertos pelo seguro nos seguintes casos:
- Morte: quando há o falecimento da vítima em virtude de acidente de trânsito, seus beneficiários têm direito a uma indenização no valor de R$ 13.500,00.
- Invalidez Permanente: nos casos de invalidez permanente, quando devidamente constatada através de laudo médico, a vítima tem o direito de receber o valor de até R$ 13.500,00 dependendo do nível da sequela (de acordo com a tabela de Danos Corporais Totais prevista na Lei n.º 6.194/74).
- Despesas de Assistência Médica e Suplementares: caso a vítima necessite de tratamento específico e tenha despesas com assistência médica e suplementares (sob orientação médica), ela poderá ser indenizada com um valor de até R$ 2.700,00.
O relatório anual realizado pela Seguradora Lider (responsável pelo Seguro DPVAT) revelou que que, em 2020, mais de 310 mil indenizações foram pagas às vítimas ou seus beneficiários, sendo 33.530 destas relacionadas a casos de óbito. Esses dados representam uma redução de 12% quando comparados a 2019, mas ainda há muito a ser feito em relação à segurança no trânsito.
O DPVAT é um direito assegurado a todos os brasileiros e, quando necessário, deve ser solicitado diretamente pelo aplicativo DPVAT CAIXA (disponível para Android e IOS) ou nas agências da Caixa localizadas em todo o país.
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Educação no trânsito deve ser prioridade
A imprudência e os fatores humanos ainda são os principais causadores de acidentes de trânsito em nosso país. Isso é o que demonstra a pesquisa realizada em 2018 pelo Ministério dos Transportes, Portos e Aviação sobre a Segurança das Rodovias Federais, que constatou que 53,7% dos acidentes são motivados por irresponsabilidade dos motoristas. Desse percentual, 30,3% ocorrem por desrespeito às leis de trânsito e 23,4% por falta de atenção do condutor.
Por esse motivo, o investimento em educação no trânsito é a melhor maneira de reduzir esses índices tão preocupantes e deve começar ainda no período escolar, quando as crianças estão no processo de construção de valores. Campanhas educativas, como o Maio Amarelo e a Semana Nacional do Trânsito, também são ações que visam conscientizar a população em relação às normas de circulação e conduta e sobre a importância do respeito ao próximo para a preservação de vidas.
Que tal contribuir com a promoção da saúde do trânsito? Vista-se de amarelo durante o mês de maio e não se esqueça: dirija sempre com prudência.