Janeiro Roxo: a luta contra uma doença milenar

Também conhecida como Lepra, a doença mais antiga do mundo ainda é um tabu a ser enfrentado, atualmente, pela sociedade.

“Uma mancha que não dói”, assim diziam os atores das propagandas de TV, em campanhas que tentavam alertar a sociedade sobre quais eram os sinais para ficar atento e, então, procurar um médico.

O motivo? Um mal milenar, retratado até mesmo na bíblia, e que acomete, anualmente, cerca de 30 mil brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Popularmente conhecida como Lepra, a hanseníase é uma doença infectocontagiosa, ou seja, de fácil e rápida transmissão, provocada pelo bacilo Mycobacterium leprae (M. leprae), agente causador da doença de Hansen.

Em 1976, o Brasil, foi o único país do mundo a mudar o nome de Lepra para Hanseníase, com o intuito de diminuir o preconceito. No entanto, o estigma ao redor do diagnóstico e sua transmissão continuam atual, potencializando a discriminação dos pacientes e do tratamento.

Quais os sintomas da hanseníase?

Em geral, o primeiro sintoma, característica da doença, são manchas na pele que podem variar entre tons esbranquiçados, amarronzados e avermelhados. É importante salientar que nos locais das manchas é possível que o paciente tenha a diminuição da sensibilidade, térmica e tátil.

A hanseníase pode apresentar ainda perda de pelos e redução da transpiração, além de pele seca, olhos ressecados e caroços pelo corpo.

Os nervos também são afetados, e o paciente pode sentir sensações de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos, também inchaço ou dor nas mãos, pés e articulações.

No estado mais avançado, a doença pode ainda levar a redução da mobilidade, mutilação dos membros e até a cegueira irreversível.

A importância do diagnóstico e do tratamento adequado

Apesar de seu caráter infectocontagioso, a hanseníase pode demorar anos para se manifestar, causar dúvidas no paciente e dificultar a investigação da doença.

Mesmo que a manifestação dos sintomas seja lenta, o diagnóstico precoce e o tratamento correto são imprescindíveis para garantir a cura e a qualidade de vida do portador da infecção.

A prevenção da hanseníase começa pela disseminação da informação e o combate ao preconceito sobre a doença e o diagnóstico dela.

Com a administração correta da medicação, o paciente pode deixar de transmitir a hanseníase, fator decisivo para o bem-estar.

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